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História

 O aumento exponencial da frequência da escola Industrial e Comercial do Concelho de Peniche levou o Ministério de Educação de então, mandar construir três pavilhões pré fabricados num dos pátios da escola, onde era ministrado o ciclo preparatório. Essa medida atenuou mas não resolveu o problema. Como era então verificável, a frequência da escola continuava a aumentar e impunha-se uma solução definitiva: autonomia administrativa, pedagógica e física da escola. Assim, houve novas alterações na estrutura do parque educativo Penichense, a construção de uma nova escola para o ciclo preparatório em 1973/74.

Em 1974/75 foi nomeado pelo Ministério de Educação para presidente da comissão instaladora da nova escola, o professor João Manuel Correia Martins, docente com mais anos de serviço naquela data. Tardava o momento da conclusão do arranjo dos espaços exteriores, inauguração da escola nova e consequentemente a sua entrada em funcionamento. Em 18 de Novembro de 1975 a, então Escola Industrial e Comercial de Peniche, deixa de ministrar o Ciclo Preparatório uma vez que as instalações da Escola Preparatória de Peniche foram ocupadas pelos docentes que exerciam funções nesse ano letivo. Nesse primeiro ano frequentaram esta escola mais de 400 alunos, abrangendo todo o Concelho de Peniche. A estrutura física da escola era composta por dois grandes blocos pré fabricados com durabilidade prevista de 25 anos.

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“Era um espaço ilimitado sem muros! Terrenos agrícolas agora providos ainda mantinham a sua ruralidade e constituíam pasto para alguns rebanhos de ovelhas que, com naturalidade, passeavam pastando ervilhas”.

(prof. Marques Fernandes)

“A escola resumia-se apenas a dois edifícios quadrados e cinzentões, plantados no meio de nada e com um inconfundível aspeto de provisoriedade. Faltava quase tudo…. em contrapartida, sobrava o empenho e a generosidade de uma autêntica equipa, que envolvia professores, funcionários administrativos e de apoio.”

(prof. Rogério Cação)

“Não havia estrada, só um caminho de terra batida e como muros, simplesmente as caniças ao “ Deus dará”.

(funcionária D. Elisa).

Com o 25 de Abril de 1974, num novo regime político democrático, novos pressupostos para a educação se evidenciam e a escolaridade de massas começou a ganhar expressão e a escola rapidamente ficou superlotada. Não podemos esquecer que já em 1973, com a reforma da educação de Veiga Simão, a escolaridade passou a a ser obrigatória até ao 2º ano do ciclo, hoje 6º ano de escolaridade.

Quase todos os corredores” viraram” salas de aulas e de professores. A exiguidade do espaço de bar e da sala de convívio não permitia sequer que num intervalo a maioria dos alunos deles pudessem usufruir. Ao toque da campainha muitos ficavam com a sandes e o sumo na mão e outros apenas com a senha. Em dias de chuva, os alunos que ocupavam a sala de convívio, pareciam “sardinhas em lata”.

No ano letivo 86/87 no esforço conjunto do Ministério da Educação, da Câmara de Peniche e professores a escola sofreu pequenas alterações, principalmente nos espaços exteriores, onde foram criadas zonas ajardinadas e recintos desportivos. Algumas das maiores árvores que se encontram no pátio da nossa escola foram plantadas por alunos e professores durante esse ano letivo. A Lei de Bases do Sistema Educativo (1986) consubstancia o direito à educação, propõe-se construir uma escola orientada para o favorecimento do desenvolvimento global da personalidade, do progresso social e da democratização da sociedade, definindo um novo perfil para todos os seus intervenientes. São princípios orientadores: a igualdade de oportunidades e gratuidade do ensino básico. “O ensino básico é universal, obrigatório e gratuito e tem a duração de nove anos. A obrigatoriedade de frequência do ensino básico termina aos 15 anos de idade”.

Em 1993, com a entrada em funcionamento da escola da Atouguia da Baleia, deixaram de frequentar este estabelecimento de ensino os alunos que viviam fora da cidade: Ferrel, Serra del Rei, Bolhos, Bufarda, Geraldes etc. Mais tarde passou a ter o 3º ciclo (7º, 8º e 9º anos) pois com o alargamento da escolaridade obrigatória para 9 anos (em 1993) verificou-se um aumento da população escolar e a necessidade de espaços físicos apropriados para dar resposta. A nossa escola teve novamente que sofrer alterações, sendo construído um novo bloco (Bloco C) com biblioteca, mais salas de aula e um refeitório que entraram em funcionamento em 1995/1996. Com a construção da escola básica integrada de Peniche (em Setembro de 1997) constatou-se uma melhoria na ocupação dos espaços escolares havendo capacidade para proporcionar aos alunos mais e variadas atividades extra curriculares. Só mais tarde, em Dezembro de 2002 foi inaugurado o tão esperado e necessário pavilhão gimno-desportivo (a partir desta data os nossos alunos começaram a poder praticar educação física mesmo nos dias de chuva).

Acompanhando os diversos enquadramentos da política educativa a designação da escola tem registado várias alterações: “Ciclo Preparatório”, “Escola D. Luís de Ataíde” (ainda na escola secundária história no Alador),” Escola Preparatória de Peniche”, “EB 2,3 D. Luís de Ataíde”, “Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Luís de Ataíde” e em 27 de Março de 2007 passou a “Agrupamento de Escolas D. Luís de Ataíde” que ainda se mantém. Esta última alteração deveu-se à criação do agrupamento que envolve o ensino pré-escolar (Jardins de Infância da Colónia Balnear, CAIC, Filtro ,Alemão e Prageira), 1º ciclo (Escolas básicas do 1º ciclo nº 1, nº2, nº4 e nº 6), 2º e 3º ciclos.

No ano letivo de1987/1988 promoveu-se a realização de um concurso interno para a criação de um símbolo que identificasse esta escola. Todos os alunos puderam participar desenvolvendo esta atividade nas aulas de educação visual. Sofia Pedro veio de França para frequentar esta escola e como aluna do 6ºano de escolaridade, venceu com o seguinte trabalho.  

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No âmbito das comemorações dos 25 anos desta escola decidiu a gestão promover um concurso semelhante destinado aos alunos do 3º ciclo para atualizar o símbolo deste estabelecimento de ensino. A aluna Ana Teresa Peres, que frequentava o 9º ano de escolaridade apresentou o seguinte projeto que foi escolhido por um júri nomeado para o efeito.  

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Desde os mais novos aos mais antigos, cada um foi ao baú das suas memórias e ajudou-nos a recriar uma breve resenha da história da nossa escola.

A todos o nosso obrigado!